Depois de fechar a porta, eu me vi a sós
No quarto que tinha o tamanho do universo.
Todas as coisas que importavam
Haviam ficado do outro lado da porta.
Do lado de dentro, eu não podia mais abrir,
E, do lado de fora, somente a princesa dos sonhos
Recônditos poderia, se quisesse, abrir para mim.
Cometas riscavam o firmamento do meu quarto.
Colei o ouvido à porta para escutar os teus passos
Do outro lado, nas tuas ocupações singelas,
Na tua azáfama doméstica. Lentamente,
O som das sandálias diluiu-se no vazio inconcebível.
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