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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Esperança

A roseira, no presente ano, cobriu-se de muitas flores,
Flores que exalam um aroma delicado, detectável
Quando se aproxima o rosto das pétalas;
Alguns botões mal começaram a se abrir.

É preciso investigar este exemplo, interrogar a terra:
Terra, qual foi o adubo com que alimentaste a roseira
neste ano, para que gerasse tantas flores,
Tão perfeitas em cor, tão plenas de aroma e amor?
Qual o alimento que me darás, terra,
Para que atinja a perfeição em flor e fruto?
Ou esconderás, ainda, no teu escuro odre o segredo
Da composição do meu destino?
Conhecê-lo-ei somente naquele dia no qual, totalmente em ti,
Já não terás mistérios para mim?
Serei então o alimento para outras rosas,
E a tua resposta não me servirá, jamais!
Pois que estas minhas mãos, então inermes e descarnadas,
Não a poderão brandir contra o muro
Que à minha frente agora se levanta.
Não! Não é assim que eu quero a tua resposta.
Basta de interrogar-te, terra, e contemplar abismos!

Porém, a resposta já foi concedida,
Pois a terra brotou, cobrindo-se de ervas e de flores,
Perfumou os quintais e alimentou os pássaros.
Todas as árvores, segundo as suas próprias sementes,
Já estão crescendo; tudo aquilo que conforme as imutáveis leis
Foi plantado agora viceja, para sempre.

Ainda estou revolvendo meu solo.
Logo chegará a primavera.

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