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quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

AO DEUS DOS LIVRAMENTOS

(No Estilo de um Salmo)
 
O Senhor calou a voz dos meus inimigos, silenciou-os,
Pôs um freio em suas línguas quando eles zombavam de mim.
Ocultavam-se em densas trevas preparando armadilhas,
Mas o Senhor estendeu a sua mão poderosa
E eles ficaram aprisionados no seu próprio laço;
Caíram no buraco que estavam cavando para mim.
Agora alcanço compreender como sentia-se Davi
Quando entoava louvores ao Deus que livra dos perseguidores!
E, assim, também eu cantarei e louvarei a tua misericórdia.
 
Pois o Senhor estabeleceu um breve tempo
Durante o qual os iníquos elevam as suas vozes
A fim de se vangloriarem, cheios de vento e vãs murmurações,
Até que se encham as medidas das suas iniquidades,
Como foi nos dias de Abraão, e nos dias da escravidão de Israel.
Então ele chamou o Seu povo, e em suas mãos colocou a espada
Para exterminar da terra os que aborreciam as suas leis.
 
Ó Deus, também hoje, coloca em nossas mãos a espada
Da tua palavra, a fim de que o mal aninhado nos corações
Seja extirpado, e os praticantes de iniquidades envergonhem-se,
E calem-se, atemorizados à visão do Juiz que não esperavam.
Eis que eles avançam empurrando, blasfemando, derrubando à direita
E à esquerda; e caem, vão caindo no abismo a sua frente,
Tornados cegos pela própria maldade.
 
O Senhor, no tempo apropriado, responder-lhes-á:
A sua memória não permanecerá sobre a terra,
Nem haverá na grande congregação dos justos
Registro de suas vidas efêmeras.
Nós, porém, ouviremos a tua voz, ó Senhor,
E louvaremos a tua justiça
Que desde sempre nos tens concedido.

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